Lula desafia orientação do TSE e segura definição de vice

A dois dias do prazo final da oficialização das chapas presidenciais, o PT chegará à sua convenção nacional, neste sábado (4), sem a presença de seu candidato nem de um vice na disputa pelo Planalto.
Detido em Curitiba, Luiz Inácio Lula da Silva decidiu desafiar a lei eleitoral e uma recomendação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e não indicar um vice até o dia 6 (segunda-feira).
O ex-presidente optou por seguir seu plano inicial e prolongar a indefinição sobre o candidato que o acompanhará em sua chapa para a sucessão de Michel Temer. O plano é esticar a indefinição até dia 15, prazo final do registro de candidaturas.
Embora tenha sido aconselhado por sua assessoria jurídica a formalizar os nomes já na convenção, em São Paulo, Lula brecou as negociações imediatas entre PT e Manuela D’Ávila (PC do B) e pediu que a presidente petista, Gleisi Hoffmann (PR), afirmasse publicamente que a sigla não anunciaria o vice neste momento.
A lei eleitoral, no entanto, diz que o prazo final é 24 horas após o período de convenções —ou seja, dia 6. “A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação”, diz o artigo 8º da lei 9504/97.
Marina Dias e Catia Seabra – Folha de São Paulo
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