Eleições definirão futuro da União Europeia
O crescimento dos nacionalistas na eleição da Finlândia, onde o partido populista contra imigração ficou em segundo, quase empatado com os social-democratas, é um prenúncio do movimento que deverá tomar conta do continente nas eleições para o Parlamento europeu.
Em geral desprezado pelo eleitorado, o pleito marcado para entre 23 e 26 maio será desta vez decisivo para o futuro da União Europeia (UE). O tradicional embate entre esquerda e direita foi substituído na campanha pela disputa em torno do nacional-populismo, cujos variados tons de euroceticismo prometem impor um freio ao projeto europeu.
No poder na Hungria, Polônia e Itália, com crescimento marcante no resto da UE (apesar de recuos recentes), os partidos nacional-populistas deverão reduzir a maioria que mantém o controle do Parlamento europeu há dez anos, por meio da coalizão tácita entre dois blocos: o Partido do Povo Europeu (EPP), à direita, e a Aliança Progressista de Socialistas e Democratas (S&D), à esquerda.
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