Relator apressa voto que Temer preferia atrasar
Os operadores políticos do governo se movem com a sutileza de uma manada de elefantes. Levam o pé ao freio para permitir que Temer interfira no colegiado que irá julgá-lo. Dois ministros estão na bica de deixar o tribunal. Henrique Neves sairá em 16 de abril. Luciana Lóssio, em 5 de maio. Conforme já noticiado aqui, Temer indicará como substitutos, respectivamente, os advogados Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.
O relator Benjamin prefere abrir o julgamento com a composição atual do TSE, oferecendo aos ministros que vão embora a oportunidade de acompanhá-lo em seu voto. Por mal dos pecados, a data da saída de Henrique Neves cairá no Domingo de Páscoa. Que será precedido do feriado da Sexta-feira Santa (14/04). Não é negligenciável a hipótese de o TSE enforcar a semana. Daí a pressa de Benjamin.
Depois de pronto, o voto do relator vai à mesa do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, a quem cabe marcar a data para o início do julgamento. Gilmar é, hoje, um dos principais conselheiros de Temer.
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