As forças obscuras estão no palácio
Quadros disse ser perseguido por “forças terríveis”. Em 2018, Michel Temer se diz vítima de “forças obscuras”. A expressão está na nota que o Planalto divulgou na sexta-feira, depois da prisão dos amigos do presidente.
Jânio pensou que a renúncia lhe permitiria reassumir com plenos poderes. Deu tudo errado, e ele voou de Brasília para o ostracismo. Temer imaginou que a intervenção no Rio fabricaria uma candidatura competitiva. A “jogada de mestre” virou um problema, e agora o governo volta a ser encurralado pela polícia.
Seria uma injustiça histórica levar a comparação adiante. Jânio bebia além da conta, mas nunca deixou de entrar num restaurante com medo de ser xingado pelos clientes.
A defesa do Planalto aposta na teoria da conspiração. A nota fala em “métodos totalitários” e sustenta que existiria um complô para “destruir a reputação” de Temer. Enquanto a polícia recolhe provas, o governo insiste que não há “fatos reais a investigar”.
“Repetem o enredo de 2017, quando ofereceram os maiores benefícios aos irmãos Batista para criar falsa acusação que envolvesse o presidente”, diz o texto. Como os personagens mudaram, a Presidência fez uma queixa genérica das “autoridades”, sem nomeá-las.
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