quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Bolsonaro pede a ministros que não comentem sobre vídeo contra Congresso

O presidente Jair Bolsonaro pediu a seus ministros que evitem fazer comentários sobre o compartilhamento do vídeo convocando a população para atos contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). A orientação geral é para que foquem nas pautas de governo e não estendam as discussões contrárias ao Legislativo.

Mais cedo, em suas redes sociais, Bolsonaro minimizou o compartilhamento das mensagens dizendo ter apenas trocado mensagens com amigos pelo celular e as considerou de “cunho pessoal”. Ele não fez referência direta ao episódio.

Na publicação, Bolsonaro também afirma que usa suas redes sociais para manter “uma intensa agenda de notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional”. O presidente ainda acrescentou que “qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”.

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, saiu em defesa do presidente alegando que o vídeo não fala do Congresso, apenas manifesta apoio ao governo.

No filme de um minuto e meio compartilhado pelo presidente pelo Whatsapp não há menção direta ao Congresso ou ao Supremo Tribunal Federal (STF). São exibidas imagens de protestos em Brasília na época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Com o Hino Nacional ao fundo, um narrador pergunta logo no início: “Por que esperar pelo futuro se não tomarmos de volta o nosso Brasil?”. Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que não vai se manifestar.

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