sábado, 20 de julho de 2019

Doença rara mata jovem logo após o parto em São Paulo
Jovem morreu após parto ao desenvolver síndrome rara na gravidez em Santos, SP — Foto: Reprodução
Uma jovem de 22 anos morreu após um parto em um hospital de Santos, no litoral de São Paulo. Familiares de Bruna Tomadocci afirmam que a jovem não sabia que tinha desenvolvido uma síndrome rara durante a gravidez e, no nascimento do filho, teve complicações e morreu.

Conforme relata a cunhada da jovem, Isabella Athenas, de 19 anos, ela estava grávida de sete meses. "Estava com ela um dia antes e parecia estar bem, porém um pouco inchada. Por volta das 19h ela foi trabalhar e na madrugada ligou para o meu irmão dizendo que estava passando mal".

A jovem conta que, quando o irmão chegou ao local, levou Bruna às pressas ao Hospital dos Estivadores. "Os médicos viram que tinha algo de errado com ela e fizeram uma cesárea de emergência. No parto, ela teve duas convulsões, mas conseguiram retirar a criança e colocar em uma incubadora, já ela foi levada pra UTI".

A familiar relata que a jovem teve piora no quadro médico e exames constataram a Síndrome Hellp. Pouco tempo depois, os órgãos paralisaram e, posteriormente, o cérebro também, momento em que a mãe da criança morreu.
Noah foi o primeiro filho de Bruna, jovem morreu após parto em Santos, SP — Foto: Reprodução
A obstetra Mariana Paiva explica que a Síndrome Hellp é um problema raro, que atinge apenas 0,5% das gestantes. Trata-se, segundo a especialista, de uma complicação gravíssima da pré-eclâmpsia, que é a pressão aumentada na gestação. “É uma condição rara, mas extremamente grave porque envolve uma mortalidade alta”, diz.

De acordo com a obstetra, a síndrome normalmente aparece depois da 27ª semana e, em raríssimas exceções, pode matar a mulher inclusive após o parto. “O diagnóstico é feito através de exames de sangue. Sinais de alerta podem ser dor no estômago, dor na região do fígado, no abdômen superior e inchaço generalizado. O pré-natal é muito importante nesse quesito, porque ajuda a minimizar complicações durante o parto e a monitorar condições hipertensivas graves”, destaca.

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