terça-feira, 25 de setembro de 2018

Delator diz que pagou propina a Eunício, Henrique Alves e ex-ministros por obras contra a seca

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Em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-superintendente regional da Galvão Engenharia Jorge Henrique Marques Valença afirmou que pagou ao menos R$ 1 milhão em “propina” ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em troca da liberação de recursos em obras contra a seca.
A delação também aponta que outros três emedebistas recebiam propina dessas obras: o senador Fernando Bezerra, o ex-deputado Henrique Alves e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Eunício atualmente é candidato à reeleição ao cargo de senador pelo Ceará.
Na delação, mantida sob sigilo e obtida com exclusividade pelo GLOBO, Valença relatou que existia um pedágio de “7% a 8%”, a ser pago a título de propina a políticos do MDB, nos contratos do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), órgão federal sob influência política de Eunício, segundo o delator.
A Galvão Engenharia, porém, considerou o valor muito alto e acertou um percentual de 5%, que era repassado à medida que a empreiteira recebia os pagamentos por seus serviços. O pagamento delatado por Valença foi referente à obra da Barragem Figueiredo, construída pela Galvão no interior do Ceará para o abastecimento de água de municípios afetados pela seca. A barragem foi concluída em 2013.

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