PT mantém apoio à Venezuela apesar de guinada ditatorial
A Venezuela extrapolou o âmbito da política externa, ao qual o eleitor brasileiro dá quase nenhuma importância, para se tornar um dos temas centrais na campanha eleitoral.
Jair Bolsonaro (PSL), por exemplo, afirma que a volta do PT ao Planalto representaria uma “venezuelização” do Brasil. Geraldo Alckmin (PSDB)diz o mesmo em relação a petistas e ao próprio Bolsonaro.
O recado é claro: se o adversário ganhar, o país caminhará para um cenário caótico semelhante ao do país vizinho, com hiperinflação, desemprego, escassez de alimentos e medicamentos, insegurança e crise institucional.
E o que dizem os petistas sobre a questão? Fernando Haddad, candidato à Presidência do partido, declarou recentemente que a Venezuela já não é uma democracia.
“Quando você está em conflito aberto, como está lá, não pode caracterizar como uma democracia. A sociedade não está conseguindo, por meios institucionais, chegar a um denominador comum”, afirmou, em 13 de agosto.
A opinião, entretanto, está longe de ser consensual em seu partido.
Nos últimos meses, a despeito da progressiva degradação das instituições democráticas e da economia na Venezuela, parcela significativa do PT tem reiterado seu apoio ao regime de Nicolás Maduro.
A presidente da sigla, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), é hoje o principal nome a respaldar essa posição publicamente. Folha de São Paulo
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