Queda de Maduro depende da pressão sobre Rússia e Cuba
O fracasso do movimento pela derrubada do ditador Nicolás Maduro deixou clara a importância dos atores externos para a saída da crise Venezuelana. Maduro não sairá do poder enquanto a Rússia continuar a garantir a compra do petróleo venezuelano, enquanto Cuba continuar a lhe prestar assessoria na inteligência.
O governo americano subestimou a influência cubana sobre as Forças Armadas venezuelanas, ao acreditar que haveria deserção maciça graças à anistia oferecida pelo presidente interino, Juan Guaidó. Também ignorou o tempo necessário para que as novas sanções impostas ao petróleo venezuelano surtam efeito sobre a cúpula da ditadura comandada por Maduro.
A libertação do líder oposicionista Leopoldo López, com o beneplácito dos Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), criou a ilusão que levou a inteligência americana a desprezar o apoio que Maduro ainda tinha entre os militares. A avaliação americana funcionou como sinal verde para que Guaidó agisse – e fracassasse.
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