sexta-feira, 28 de junho de 2019

Governo vai liberar para bancos mais de R$ 100 bilhões em compulsório, diz Guedes

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Segundo o ministro da Fazenda, medida vai ampliar oferta de crédito pelos bancos privados. Um dia antes, BC já havia anunciado redução da taxa do compulsório, de 33% para 31%. 

O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (27) que o governo vai liberar para bancos privados mais de R$ 100 bilhões em depósitos compulsórios. O objetivo, de acordo com ele, é permitir que as instituições financeiras ampliem o crédito para pessoas e empresas. 

O compulsório é formado por uma parte do dinheiro depositado nos bancos pelos correntistas. Esses recursos são mantidos no Banco Central, ou seja, os bancos não podem utilizá-los para fazer empréstimos, por exemplo. Esse mecanismo visa a estabilidade financeira e ajuda no combate à inflação. 

"Ontem já houve uma liberação de R$ 20 bilhões de recolhimento compulsório para ampliar o crédito privado e vem aí mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório ali na frente. Estamos encolhendo o crédito público e expandindo o privado", disse Guedes a jornalistas, após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em Brasília.

Na quarta-feira (26), o Banco Central anunciou a redução da alíquota do compulsório sobre recursos a prazo, de 33% para 31%. A nova alíquota começa a vigorar em 1º de julho, e os efeitos financeiros, segundo o BC, devem começar a partir de 15 de julho. 

Segundo o BC, a mudança de alíquota vai liberar R$ 16,1 bilhões no sistema financeiro. 


Em nota divulgada nesta quarta, após a fala de Guedes, o Banco Central informou que "a redução estrutural dos compulsórios é uma das ações da Agenda BC#, parte do pilar de eficiência de mercado." 

Ainda de acordo com a nota, "o aprimoramento dos atuais instrumentos de assistência financeira de liquidez, também previsto na Agenda BC#, nos permitirão trabalhar com um nível de compulsórios mais baixo no futuro." 

"A ação ainda está em curso, sem definições de prazos ou montantes. O BC não antecipa decisões ou regulações", completou a nota. 

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