Estudo alemão busca desvendar a origem das pedras na vesícula
O cálculo biliar, também conhecido como pedra na vesícula, é um problema de saúde bastante comum na população. Apesar disso, seus mecanismos de formação não são completamente conhecidos.
Em análises laboratoriais, pesquisadores da Alemanha observaram que células imunes estão envolvidas nesse processo. Os autores do trabalho, publicado na última edição da revista especializada Immunity, acreditam que a descoberta pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para o problema, eliminando, por exemplo, a necessidade de realização de cirurgia.
Embora a maioria das pessoas com cálculos biliares não apresente sintomas, há a possibilidade de surgimento de dor abdominal, náusea e vômito, que costumam levar a internações. Nesses casos, a cirurgia para remover a vesícula biliar é uma das operações mais adotadas. Há também a opção de medicamentos que quebram os cálculos biliares, mas o resultado pode demorar meses ou até anos.
Um obstáculo que limita o desenvolvimento de novas abordagens médicas é o fato de os cientistas não entenderem exatamente como as pedras se formam. Sabe-se, há décadas, que a precipitação de colesterol e sais de cálcio na bílis é um pré-requisito para a formação de cálculos biliares, mas não está claro o que faz com que os dois se juntem para o surgimento do problema.
Em um estudo anterior, ao analisar cálculos extraídos de pacientes humanos, a mesma equipe de pesquisadores detectou a existência de grandes placas de DNA, bem como uma atividade significativa da elastase neutrofílica, uma enzima que ajuda a quebrar proteínas e células danificadas ou de envelhecimento. Segundo os cientistas, juntas, essas moléculas são sinais reveladores da presença de TNEs — estruturas, semelhantes a teias, que são expelidas por neutrófilos e ajudam a proteger contra a infecção.
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