Artistas, procuradores e juízes cobram STF sobre Gilmar
A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) cobraram, nesta quinta-feira, que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se manifeste sobre os atos recentes do ministro Gilmar Mendes. As ações têm o mesmo alvo, mas tratam de questões distintas: a Ajufe defendeu que Cármen saia em defesa do juiz Marcelo Bretas, que julga os processos da Operação Lava-Jato no Rio e foi criticado recentemente por Gilmar; já a ANPR foi mais incisiva e reivindicou que a presidente do STF leve ao plenário da Corte o pedido de suspeição de Gilmar apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Juízes, procuradores, artistas, servidores da Justiça e integrantes do Movimento Vem Pra Rua, que defendeu o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, se reuniram nesta quinta-feira em um ato de apoio a Bretas. A manifestação foi convocada após Gilmar ter ironizado o juiz, que decretou novamente a prisão do empresário Jacob Barata Filho, que havia sido solto por decisão do ministro — a nova determinação de prisão também foi derrubada por Gilmar. O ministro do STF classificou o ato de Bretas como “atípico”. “Em geral, o rabo não abana o cachorro, é o cachorro que abana o rabo”, disse Gilmar.
O presidente da Ajufe, Roberto Velloso, disse que a declaração do ministro representa um ataque ao Poder Judiciário e cobrou uma posição de Cármen Lúcia. A presidente do STF, em outra ocasião, saiu em defesa do juiz Vallisney Oliveira, de Brasília, chamado de “juizeco” pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). As informações são de O Globo.
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