Aplicação do de Financiamento do Nordeste no RN cresce 309%
Em oito anos, a aplicação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) cresceu 309% no Rio Grande do Norte. O valor saiu de R$ 737,5 milhões em 2010 para R$ 3,022 bilhões em 2018. Para o ano vindouro, conforme orçamento formatado pelo Banco do Nordeste, operacionalizador exclusivo do FNE nos nove Estados nordestinos além de territórios em Minas Gerais e Espírito Santo, serão destinados R$ 891 milhões para aplicação em setores diversos da economia.
No Rio Grande do Norte, conforme balanço do Banco do Norte setores como a Agricultura registraram avanço considerável no período em análise. Em 2010 foram 1.850 operação nesse segmento e, oito anos depois, 4.206. O valor contratado saltou de R$ 24,046 milhões para 69.275 milhões. No setor de Comércio e Serviços, as operações saltaram de 1.517 para 2.901 e o valor negociado de R$ 112,211 milhões para R$ 434,935.
Ano passado, o Banco do Nortes aplicou R$ 811 milhões do FNE no Rio Grande do Norte (exceto infraestrutura), 16,7% a mais em comparação ao contratado em 2017. De janeiro a julho deste ano, os contratos realizados no Estado com recursos do Fundo somaram quase R$ 470 milhões, aumento de 10%, em relação ao mesmo período de 2018. No ano, o maior destaque ficou com o segmento de Infraestrutura que somente em 20 operações foram firmados contratos no valor global de R$ 2,211 bilhões através de uma linha de financiamento exclusiva.
Apesar dos avanços, o presidente da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Faern), José Vieira, destaca que é necessário desburocratizar o acesso aos recursos do FNE. “São (recursos) fundamentais para o desenvolvimento do semiárido potiguar. Mas há excesso de burocracia e falta de capilaridade do Banco do Nordeste no Estado. São dificuldades e exigências excessivas que inviabilizam o firmamento de mais contratos”, destaca. Para ele, caso seja necessário mudar leis para que o excesso de burocracia diminua, o governo federal deveria assumir e implementar tal mudança. “Nós temos que fazer que o Banco do Nordeste volte a ser o banco de fomento e desenvolvimento do semiárido”, ressalta José Vieira.
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