A Copa das Confederações foi designada como uma competição da FIFA em dezembro de 1997, quando foi realizada em Riade, na Arábia Saudita. Antes disso, duas edições do torneio já haviam sido disputadas em Riade, em 1992 e 1995, ainda sob o nome de Campeonato Intercontinental.
Em 1992, a Argentina, então campeã sul-americana, tornou-se a primeira seleção a vencer o torneio. Os argentinos levaram a Riade um time com astros do porte de Batistuta, Redondo, Caniggia e Simeone e levaram a taça após vencerem o país-sede na decisão, mesmo diante de uma torcida local bastante entusiasmada. Os outros dois participantes do torneio naquele ano foram Estados Unidos e Costa do Marfim.[1]
Em 1995, seis seleções participaram, e quem levou a taça foi a Dinamarca, com grandes atuações dos irmãos Michael e Brian Laudrup na vitória sobre a Argentina na decisão. México e Nigéria chegaram às semifinais, enquanto Japão e Arábia Saudita foram eliminados após perderem os dois jogos da fase de grupos.[2]
Em 1997, o Brasil carimbou com autoridade a sua conquista, que veio de forma impressionante. Um dos principais objetivos para a realização do torneio ficou evidente com a chegada da Austrália à final, diante dos então tetracampeões do mundo.[3]
Em 1999, o México mereceu o título após ser um dos dois selecionados que terminaram a fase de grupos invictos. O fator local, é claro, pesou: em casa, o México não era vencido há 18 anos. O Brasil correspondeu às expectativas, levando ao torneio uma série de jovens jogadores fora de série. A competição também testemunhou um padrão de grandes goleiros raramente visto em um único torneio, com arqueiros do nível de Keller (EUA), Campos (MEX), Dida (BRA) e Utting (NZL). Houve também algumas surpresas, como a Arábia Saudita, que se recuperou após sofrer 5 a 1 do México na estreia e chegou às semifinais depois de golear o Egito pelo mesmo placard, em um clássico do futebol árabe. Os Estados Unidos bateram a poderosa Alemanha e por pouco não chegaram à final, após perderem do México na prorrogação, com "gol de ouro" do artilheiro Blanco. A Nova Zelândia foi para casa feliz por encarar Alemanha e Estados Unidos de igual para igual.[4]
No Coreia/Japão 2001, uma multidão de 65 mil pessoas viu a campeã do mundo França vencer os anfitriões japoneses na final por 1 a 0, ganhar o torneio e chegar à impressionante marca de três grandes títulos em um intervalo de apenas quatro anos. Mas os franceses tiveram de se segurar na defesa no segundo tempo, quando o Japão veio para cima em busca do empate.[5]
Em 2003, a França, campeã europeia, sediou a Copa das Confederações da FIFA. Três estádios que receberam jogos da Copa do Mundo de 1998 foram as sedes: Stade de France, Stade de Gerland e Stade Geoffroy-Guichard. O Brasil voltou para casa mais cedo, ao cair ainda na fase de grupos em uma chave difícil, contra Camarões, Turquia e Estados Unidos. Os anfitriões, recuperados do mau desempenho no Mundial de 2002, foram campeões na sua chave. A Turquia consolidou o crescimento como uma potência do futebol mundial e por pouco não chegou à final da competição. O torneio foi ofuscado pela trágica morte do camaronês Marc-Vivien Foé.[6] Os companheiros dele acabariam perdendo por um triz a emocionante final diante da também abalada França.
Apesar da ausência do supercraque e artilheiro Ronaldo na Copa das Confederações da FIFA 2005, o Brasil brilhou em uma grande final contra a rival Argentina, ganhando o título pela segunda vez na história. Adriano recebeu o merecido reconhecimento como um grande jogador, ganhando tanto a Bola de Ouro como a Chuteira de Ouro da adidas. Embora a derrota na decisão tenha sido dura para a Argentina, o desempenho e as qualidades demonstradas pelo craque Riquelme lhe renderam a Bola de Prata. A competição também demonstrou que a Alemanha estava bem preparada para sediar a Copa do Mundo da FIFA de 2006 e apresentou ao mundo um novo plantel — especialmente os promissores Podolski e Schweinsteiger — que, comandado pelo técnico e ídolo Jürgen Klinsmann, conquistou o terceiro lugar em uma emocionante prorrogação contra o México.
Em 2009, pela primeira vez na história, a Copa das Confederações da FIFA ocorreu em solo africano. A África do Sul provou ser capaz de sediar a Copa do Mundo FIFA de 2010 e, de forma impressionante, apresentou algumas das cidades-sede para o Mundial: Joanesburgo, Rustemburgo, Mangaung/Bloemfontein e Tshwane/Pretória. O emocionante torneio na África do Sul terminou com uma ótima final reunindo Brasil e Estados Unidos em Joanesburgo. Com uma vitória por 3 a 2, os brasileiros conquistaram a taça pela terceira vez.
Em 2013, a Copa das Confederações foi para o Brasil. O torneio expôs problemas de infraestrutura nas seis cidades-sede, e foi marcado por uma série de protestos que haviam se iniciado pouco antes da competição em reclamação ao aumento das passagens no transporte público, descaso à educação e à saúde em detrimento da concentração exagerada de impostos destinados à Copa, ao Estado de exceção com entrega de poderes ilimitados à FIFA e despejo em massa de moradores das áreas dos novos estádios e do entorno dos já construídos. Apesar disso os estádios foram elogiados pela imprensa, e o nível esportivo foi considerado bom, segundo pesquisas duvidosas. Os anfitriões brasileiros, liderados pelos artilheiros Neymar e Fred, conquistaram seu terceiro título consecutivo, quarto ao total, com um 3 a 0 diante da campeã mundial Espanha.[7]
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