Ex-líder do PT na Câmara, Vaccarezza pegou propina de US$ 500 mil, acusa Lava Jato
O ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, preso pela operação Lava Jato nesta sexta-feira (18) é investigado pelo recebimento de cerca de US$ 500 mil em propina. Segundo o Ministério Público Federal, no Paraná, Vaccarezza, líder do PT na Câmara entre janeiro de 2010 e março de 2012, usou a “influência decorrente do cargo” em favor da contratação da empresa norte-americana Sargeant Marine pela Petrobras, o que culminou na celebração de doze contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões. As informações foram divulgadas pela Procuradoria da República.
A empresa fazia fornecimento de asfalto para a estatal e foi citada na delação do ex-diretor de Abastecimento da companhia Paulo Roberto Costa. A força-tarefa da Lava Jato aponta que foram colhidas provas adicionais a partir de buscas e apreensões da 1ª e da 16ª fases da operação Lava Jato – além de resultados de quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático e de pedidos de cooperação internacional.
“Entre as provas que corroboraram o relato do colaborador estão, por exemplo, documentos que comprovam o pagamento de propinas mediante transferências bancárias no exterior, anotações de agendas e arquivos apreendidos em fases anteriores da Operação Lava Jato que descrevem a divisão de comissões resultantes do negócio dentre operadores, funcionários da Petrobras e políticos”, afirma a força-tarefa. As informações são da Agência Estado.
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