quarta-feira, 16 de agosto de 2017

PGR paralisa acordo de delação de Cunha

Eduardo Cunha
A Procuradoria-Geral da República (PGR) avisou à defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que a delação premiada do peemedebista não será firmada durante a gestão de Rodrigo Janot. Os procuradores suspenderam as negociações com a defesa do deputado cassado, preso na Lava Jato desde outubro do ano passado em Curitiba. Desde o último mês, Cunha tentava um acordo com os investigadores.
O procurador-geral da República deixa o cargo em 18 de setembro, quando passa o comando do Ministério Público Federal para Raquel Dodge. Até lá, Cunha não deve voltar a negociar o acordo. A situação do ex-deputado é considerada crítica, pois a Lava Jato já obteve muitas informações, usadas nas denúncias contra ele, antes da disposição de Cunha para negociar um acordo.
Investigadores costumavam dizer que Cunha só poderia fechar um acordo de delação se aceitasse falar sobre lideranças políticas em cargo superior ao dele próprio. Mas, segundo fontes envolvidas nas negociações do acordo, o ex-presidente da Câmara omitiu informações sobre aliados durante as tratativas e acusou apenas figuras com as quais rompeu nos últimos meses antes de sua prisão. Ele também teria apresentado poucas provas para as denúncias que prometia fazer. As informações são de Fabio Serapião e Beatriz Bulla, O Estado de S.Paulo

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