Janot pode deixar futuro do acordo de delação da JBS para sucessora
Com a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud, o procurador-geral, Rodrigo Janot, pretende agora definir a estratégia em torno da delação premiada de ambos: se pedirá ao STF (Supremo Tribunal Federal) a sua anulação ou se negociará uma repactuação, incluindo medidas cautelares aos executivos.
Por ora, o acordo de ambos está suspenso temporariamente pelo ministro Edson Fachin até que expire a prisão temporária, na sexta (15).
Desgastado pelo episódio, Janot entra em sua última semana como chefe da Procuradoria-Geral da República. Tem até sexta-feira para tentar reverter um ambiente negativo criado com o áudio que aponta a atuação do ex-procurador Marcello Miller a favor da JBS quando ainda atuava na Procuradoria.
Segundo a Folha apurou, Janot sofre pressão de duas correntes em sua equipe: uma ala de procuradores defende que ele decida nesta semana pelo cancelamento do acordo de Joesley e Saud –seria, no caso, uma forma de diminuir o estrago político causado pela gravação, mostrando que a PGR não compactuaria com desvios éticos e morais dos delatores.
Outro grupo avalia que a PGR deveria evitar uma postura radical e levar em conta o conteúdo de provas oferecidas por Joesley e Saud, como gravações e a ação controlada que resultou na entrega de uma mala de R$ 500 mil a Rodrigo da Rocha Loures, ex-assessor do presidente Michel Temer.
As informações são de LEANDRO COLON, Folha de São Paulo.
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