Polícia investiga origem de repasses no Ministério do Trabalho
Operação Registro Espúrio apura se quatro servidores do Trabalho indicados pelo Solidariedade e PTB receberam recursos ilícitos
A Polícia Federal (PF) mapeou a evolução financeira e transações suspeitas de funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicados por dirigentes do Partido Trabalhista Brasileira (PTB) e do Solidariedade (SD) e investigados na Operação Registro Espúrio.
Segundo investigadores, ao menos quatro funcionários da pasta que atuavam na liberação de registro sindical receberam recursos supostamente sem lastro em negócios lícitos. Todos tiveram a prisão decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da operação.
A PF afirma na representação que deu origem à Registro Espúrio que dirigentes do PTB e Solidariedade “tomaram de assalto” o ministério e transformaram a Secretaria de Relações de Trabalho (SRT) em um “verdadeiro balcão de negócios”.
A atuação dos partidos políticos e de seus dirigentes, diz a PF, se baseava na manipulação e direcionamento dos processos de registros sindicais de modo a favorecer entidades “alinhadas”. Essa manipulação era feita pelos agentes públicos apadrinhados pelos partidos.
Breno Pires e Fabio Serapião – O Estado de São Paulo
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