quinta-feira, 8 de junho de 2017

Planalto: avião da JBS complica situação de Temer

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O julgamento do processo de cassação da chapa presidencial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi de alta tensão. Não tanto pelo que foi considerada uma manifestação “dura” por parte do relator do processo, o ministro Herman Benjamin, mas pelos diversos fatos que vêm, sucessivamente, complicando a situação do presidente Michel Temer. O uso de um avião da JBS, revelado na delação do empresário Joesley Batista, e a forma como a notícia foi tratada no governo foi considerado um agravante da situação do presidente por auxiliares do Planalto.
Para interlocutores do presidente, os acontecimentos “extra-TSE” têm sido fonte maior de preocupação que o julgamento na Corte. Segundo seus assessores, o presidente tem acompanhado com cautela o julgamento, mas a impressão, até o momento, é de que há um placar relativamente consolidado a favor de Temer. As ações em outras frentes, porém, trazem o componente surpresa de um desgaste progressivo e com implicações que ainda não podem ser contabilizadas.
A avaliação é que há uma estratégia deliberada por parte do Ministério Público (MP) para minar Michel Temer ao longo dos dias e que o órgão ainda tem “cartas na manga” não divulgadas. Auxiliares do presidente foram surpreendidos pelo episódio que revelou o uso do avião da JBS e acabaram desmentindo a versão inicial ao ter que admitir que Temer, de fato, viajou em aeronave particular. A resposta apressada, que depois teve de ser remendada, foi vista como equívoco no Planalto. O episódio foi tratado por Temer, internamente, como um “esquecimento”.

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