Gilmar Mendes e Barroso batem boca e trocam acusações no plenário do STF
Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso protagonizaram um bate-boca público nesta quinta-feira (26) durante sessão da Corte em Brasília, com direito a troca de duras acusações.
Enquanto Barroso afirmou que Mendes tem “parceria com a leniência” diante dos crimes de colarinho branco e “não trabalha com a verdade”, este, por sua vez, disse não ser “advogado de bandidos internacionais”.
A crítica de Barroso foi em relação à soltura do ex-ministro José Dirceu, decretada pela segunda turma do STF, da qual Mendes faz parte. Já o ataque de Mendes fez menção ao fato de que Barroso, antes de chegar ao Supremo, foi advogado de Cesare Battisti, condenado por assassinatos na Itália e que ganhou o status de refugiado no Brasil –revogado este mês pelo presidente Michel Temer (PMDB).
Os ministros do Supremo estavam reunidos para julgar uma ação direta de inconstitucionalidade que questiona a extinção dos Tribunais de Contas de Municípios do Ceará, aprovada em emenda à Constituição estadual. Mas o assunto ficou de lado quando Mendes mencionou que o Estado do Rio de Janeiro usava dinheiro de depósitos judiciais para pagar precatórios. O mecanismo foi barrado pelo próprio magistrado em decisão liminar tomada em fevereiro. Em junho, no entanto, em outro processo, Barroso concedeu liminar no sentido contrário.
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