Apoio a Temer custará mais
Para que os deputados rejeitem a denúncia, Temer tem que negociar cargos federais com partidos e emendas parlamentares
Aliados do presidente Michel Temer (PMDB) estão preocupados com os efeitos da divulgação dos vídeos da delação do doleiro Lúcio Funaro justamente na semana em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deve votar a denúncia contra o peemedebista. A avaliação é de que, embora a revelação das imagens não tenha poder suficiente para alterar a tendência favorável ao arquivamento da acusação, o “preço” a se pagar para a salvação do presidente deve aumentar.
Por causa disso, o Palácio do Planalto já espera que partidos e grupos de parlamentares voltem a procurar o presidente querendo mais do que já haviam exigido para enfrentar o desejo da opinião pública e livrar o peemedebista. As exigências são sempre as mesmas: nomeação de cargos e liberação de emendas.
Um dos integrantes da articulação política do presidente da República admitiu ao blog do jornalista Gerson Camarotti, do portal G1, que a situação mudou após os vídeos. “Essa divulgação foi muito ruim porque vai aumentar a cobrança dos aliados”, teria dito.
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