Governo já negocia mais concessões a servidor na reforma da Previdência
Sem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados este ano, o governo transferiu a apreciação do tema para o dia 19 de fevereiro de 2018 e já negocia novas concessões que tornem a proposta mais fácil de aprovar. Ao mesmo tempo, para minimizar os estragos do adiamento no mercado financeiro, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou que vai procurar as agências de classificação de risco para evitar novo rebaixamento do país. Uma das ideias em estudo é adiar os efeitos da reforma para servidores públicos que ingressaram na carreira até 2003. Esse é um dos grupos com lobby mais forte no Congresso.
Uma negociação iniciada nesta quinta-feira na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti (ANPR), prevê que os servidores que entraram até 2003 poderão manter a paridade (continuar recebendo os mesmos reajustes salariais de quem está na ativa) e a integralidade (receber o último salário da carreira) por mais tempo: quatro anos a mais para mulheres e dez anos para homens.
A ideia é congelar a idade mínima atual dos servidores — de 60 anos (homem) e 55 anos (mulher) — até que o setor privado (INSS) a alcance. Dessa forma, as mulheres continuariam com direito à integralidade e paridade até 2022 e os homens até 2028. As informações são de O Globo.
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