Temer ignora 12 mil vagas fechadas no primeiro mês de vigência da nova lei trabalhista
Em novembro, primeiro mês de vigência da nova lei trabalhista, 12.292 vagas foram fechadas no país. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho, via Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e mostrou que o mês passado registrou 1.124.096 demissões e 1.111.798 admissões. Mas, em discurso no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer (PMDB) não fez qualquer menção ao “saldo negativo”, como classificou o próprio ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em um resumo do Caged (veja abaixo).
“As pessoas insurgiram, gritaram, protestaram contra a reforma trabalhista, dizendo que ela tiraria direito de todo mundo. Imagine o quadro: a única função do governo é editar uma norma que não é para combater o desemprego, mas para tirar o direito de todo mundo. E o que aconteceu ao longo desses quatro meses? Foi a ocupação de 1,2 milhão de postos de trabalho, exata e precisamente por causa da confiança que se estabeleceu ao longo do tempo”, afirmou o peemedebista nesta quarta-feira (27), sem qualquer menção aos números do Caged.
O discurso de Temer foi feito pela manhã, em cerimônia que marcou a criação de uma zona de processamento de exportação no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Entre outros, participaram do evento, além de Ronaldo Nogueira e do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Durante a solenidade, o presidente aproveitou para propagandear outra reforma – esta ainda mais complexa e impopular: a que pretende alterar as regras da Previdência Social, que emperrou na Câmara e tem sido apontada como foco de chantagem palaciana.
As informações são de Congresso Em Foco.
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