Governador Robinson poderá desistir de disputar reeleição
Com uma crise sem precedentes nas áreas fiscal e de segurança, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) perde apoio político e pode não se viabilizar para concorrer ao segundo mandato. Grandes lideranças do Estado no MDB e no DEM foram atingidas pela Operação Lava-Jato e o vácuo político pode beneficiar o PT, em uma das poucas situações no Brasil em que o partido pode conquistar um governo estadual.
Em novembro, a folha de inativos do Rio Grande do Norte superou a de ativos. Os atrasos no pagamento de salários começaram há um ano e somente na semana passada veio um socorro de R$ 420 milhões do governo federal.
Para que o Estado possa obter aval do governo para novos empréstimos, o governador tenta implementar um duro ajuste fiscal. O plano, ainda não totalmente aprovado, ataca centralmente o funcionalismo público com
demissões, aumento de contribuição previdenciária e extinção de adicionais de progressão.
demissões, aumento de contribuição previdenciária e extinção de adicionais de progressão.
Antônio Spinelli, cientista político da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) diz que uma eventual desistência governador pelo segundo mandato não seria a primeira na história recente do Estado. E 2014, também com rejeição altíssima, a ex-governadora Rosalba Ciarlini, hoje no PP, decidiu não ir à disputa pela reeleição. “Hoje a situação é pior. Por menos que isso, já vimos governadores desistirem”, afirma Spinelli. Em 2010, a então governadora Wilma de Faria, já falecida, concorreu ao Senado e foi derrotada em uma eleição com duas vagas.
O governador Robinson Faria não atendeu ao pedido de entrevista. Ao Valor, o deputado Fábio Faria (PSD-RN), seu filho, disse que o pai “provavelmente” será candidato ao segundo mandato, mas não está pensando em eleições no momento e que “vai tratar disso na hora certa”. As informações são de Marina Falcão – Valor Econômico.
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