sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Parentes de mortos na chacina de Vigário Geral brigam por pensão, 25 anos após o massacre

Parentes à espera de pensão pela morte da Chacina de Vigário Geral — Foto: Gabriel Barreira/G1

Alguns familiares perderam o direito ao benefício e aguardam sanção de projeto de lei que poderia torná-lo vitalício: 'É como se eles falassem: Se vira!', desabafa um deles.


O cotidiano de quem sobreviveu à Chacina de Vigário Geral inclui, em muitos dos casos, doenças como síndrome do pânico, depressão e crises de ansiedade. Vinte e cinco anos depois do assassinato de 21 inocentes, os parentes têm, agora, um sofrimento a mais: o fim do pagamento de pensão a alguns deles.

Os assassinatos foram uma forma de vingança de PMs contra criminosos da região, que no dia anterior tinham feito uma emboscada e mataram quatro policiais militares. Nenhum dos mortos na chacina tinha envolvimento com o crime.

Na lei original, os parentes teriam direito a até três salários mínimos mensais. A regra só entrou em vigor em 2000, no governo de Anthony Garotinho (PRP), sete anos depois do massacre. E para alguns deles durou pouco.

Segundo os próprios familiares, os benefícios deixaram de ser pagos no mês em que os mortos completariam 65 anos se estivessem vivos. A lei 3.421/2000, que versa sobre o tema, não define nada sobre interrupção do pagamento.

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