segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

França, Real Madrid, Modric... Novo e velho se misturam nas conquistas pelo mundo em 2018

França, Real Madrid, Modric... Novo e velho se misturam nas conquistas pelo mundo em 2018
Chegou o último dia de 2018. E com ele um balanço do que de mais relevante aconteceu no ano do mundo da bola. Alguns fatos foram inéditos, como as premiações entregues ao croata Luka Modric, nomeado o melhor jogador do planeta pela Fifa e pela revista France Football. Ele acabou com o domínio de uma década de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.

Outros, nem tanto: o Real Madrid conquistou a Liga dos Campeões pela terceira vez consecutiva, por exemplo, enquanto a França se sagrou campeã mundial pela segunda vez em sua história. 
Real Madrid foi tricampeão consecutivo da Liga dos Campeões — Foto: Getty Images
O Real Madrid assombrou o mundo com um tricampeonato inédito na era moderna da Liga dos Campeões. Mesmo passando por momentos de turbulência na temporada – e alguma baixa produtividade –, os comandados de Zinedine Zidane foram guiados por Cristiano Ronaldo para o título sobre o Liverpool. Na decisão de Kiev brilhou a estrela do galês Bale, com dois gols, um deles de bicicleta.

Os merengues ainda faturaram o Mundial de Clubes, em dezembro, nos Emirados Árabes, ao derrotarem o Al Ain. A Supercopa da Europa ficou com o Atlético de Madrid, campeão também da Liga Europa.


O Barcelona de Messi foi eliminado nas quartas de final da Champions para a Roma, mas não ficou de mãos abanando: levou o Campeonato Espanhol quase com campanha invicta, a Copa do Rei e a Supercopa da Espanha.

Na Inglaterra, uma campanha incrível do Manchester City de Pep Guardiola foi coroada com o recorde de 100 pontos na Premier League. Os Citizens também ganharam a Copa da Liga Inglesa e a Supercopa da Inglaterra, mas terão de correr atrás do Liverpool para sonhar com o bicampeonato inglês. Na Copa da Inglaterra, a mais tradicional do país, deu Chelsea.

Nenhuma surpresa na França, Itália ou Alemanha. PSG e Juventus foram campeões de tudo nacionalmente (Campeonato Francês, Copa da França, Copa da Liga Francesa, Campeonato Italiano e Copa da Itália), enquanto o Bayern venceu o Campeonato Alemão, mas perdeu a Copa para o Eintracht Frankfurt. Franceses e italianos estão bem encaminhados para repetirem o feito – ou ao menos parte deles – nesta temporada.

Em Portugal, deu Porto. Na Holanda, deu PSV. Na Turquia, deu Galatasaray. Na Rússia, Lokomotiv.

A final “interminável”

O inédito River Plate x Boca Juniors pela final da Copa Libertadores merece um capítulo à parte. Primeiro, viram o jogo de ida da decisão ser adiado por conta de uma forte chuva que atingiu Buenos Aires. Até aí tudo bem, mas a partida de volta precisou ser cancelada em dois dias seguidos em virtude de um ataque de torcedores do River ao ônibus do Boca na chegada ao Monumental de Núñez.

Após muita politicagem, a Conmebol definiu que a finalíssima aconteceria em Madri, na Espanha. River, Boca e milhares de torcedores atravessaram o Oceano Atlântico para verem a vitória dos Millonarios na prorrogação, por 3 a 1.

O River viajou direto para os Emirados Árabes, foi eliminado na semifinal do Mundial para o Al Ain nos pênaltis e só comemorou o título com a sua torcida semanas depois.

River Plate celebra a conquista da Copa Libertadores no gramado do... Santiago Bernabéu — Foto: Reuters
Um novo melhor do mundo
Cristiano Ronaldo e Messi provavelmente ainda seguem como os melhores jogadores do mundo, mas Luka Modric ao menos poderá contar a seus netos que os superou numa eleição democrática, algo que não acontecia desde 2007, com o brasileiro Kaká.

O craque croata não chegou perto do número de gols ou assistências dos dois grandes nomes do futebol mundial, mas conseguiu ser importante nas conquistas coletivas de Real Madrid (Liga dos Campeões) e Croácia (sim, consideramos um país de 4 milhões de pessoas chegar na final de uma Copa do Mundo uma enorme conquista).

Ter sido eleito o melhor do Mundial da Rússia pesou bastante a favor de Modric nas votações do Fifa The Best e da Bola de Ouro da France F Bola de Ouro da France  ootball. A eleição, porém, gerou grande debate – há quem acredite que ele sequer deveria ter figurado entre os três primeiros, já que o egípcio Salah também fez um grande ano pelo Liverpool.

De qualquer forma, a história foi reescrita.

Luka Modric posa com a Bola de Ouro — Foto: Benoit Tessier / Reuters


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