Cientistas revelam participação de população antes desconhecida na ocupação das Américas
O processo de ocupação das Américas pelos humanos modernos (Homo sapiens), já alvo de intensos debates entre os especialistas, acaba de ganhar mais um “mistério” que deverá acirrar ainda mais as discussões sobre quem foram os primeiros habitantes de nosso continente e quando e como eles se espalharam por aqui. Análises genéticas dos restos de duas crianças encontrados em um sítio arqueológico no Alasca datado em 11,5 mil anos mostram que elas pertenciam a uma antiga população antes desconhecida.
– Não sabíamos que esta população existiu – destacou Ben Potter, professor de antropologia da Universidade do Alasca em Fairbanks e um dos autores do estudo, publicado nesta quarta-feira na revista “Nature”. – Estes dados também nos dão a primeira evidência direta da população fundadora dos nativos americanos, o que joga nova luz em como essas populações antigas migraram e se espalharam pela América do Norte.
Até pouco tempo atrás, a história da ocupação humana das Américas era considerada relativamente simples: em algum momento durante a última Idade do Gelo, há mais de 15 mil anos, um grupo de pessoas se aventurou a cruzar uma “ponte” criada pelo recuo do nível do mar entre a Ásia e as Américas em torno do atual Estreito de Bering, permanecendo na região, apelidada Beríngia, até que as geleiras no Norte de nosso continente derretessem com o fim do período glacial e elas pudessem migrar para o Sul. As informações são de Cesar Baima – O Globo.
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