quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Odebrecht sugere que Janot vazou delação sobre propina na Venezuela

BRASILIA, DF, BRASIL, 23-08-2017, 10h00: O procurador geral da república Rodrigo Janot preside a XXII Reunião Especializada de Minist'rios Públicos do Mercosul, na sede da PGR. A ex procuradora geral da Venezuela Luisa Ortega Diaz, deposta do cargo pelo governo do ditador Nicolas Maduro, participa como convidada do MP brasileiro. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
A Odebrecht ingressou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) na qual diz que um vídeo com relatos de um delator da empresa que trabalhou na Venezuela, que estava sob sigilo, só pode ter vazado pela Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Na época, o órgão estava sob o comando do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Ele deixou o cargo em 17 de setembro.
O vídeo estava sob a guarda da Procuradoria-Geral da República por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo. O relato trata de corrupção no governo de Nicolás Maduro, que teria recebido US$ 35 milhões de propina da Odebrecht, de acordo com um delator.
O depoimento foi vazado na última quinta-feira (12) pela ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz, que rompeu com o regime chavista e agora vive exilada na Colômbia. Em 22 de agosto deste ano, Ortega Díaz esteve com Janot em Brasília.
A Venezuela só teria o direito de receber o vídeo se fechasse acordo com os delatores da Odebrecht que confessaram crimes naquele país, o que não ocorreu até agora. 
As informações são de MARIO CESAR CARVALHO, Folha de São Paulo.

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