Lava Jato diz que políticos criminosos se uniram contra investigações
Em carta após encontro no Rio de Janeiro entre as forças-tarefas da Operação Lava Jato, procuradores afirmam, nesta segunda-feira, 27, que a classe política se uniu contra as investigações de escândalos de corrupção. Eles citam as CPIs da Petrobrás e da JBS como formas de retaliação ao trabalho da PF e do Ministério Público Federal e ainda afirmam que a soltura dos deputados estaduais peemedebistas no Rio de Janeiro pelos seus pares, em votação na Assembleia, revelam que ‘tentativas de políticos de garantir a impunidade se intensificarão’.
“Mesmo depois de tantos escândalos, tanto o Congresso como os partidos não afastaram os políticos envolvidos nos crimes. Pelo contrário, a perspectiva de responsabilização de políticos influentes uniu grande parte da classe política contra as investigações e os investigadores, o que se reflete na atuação de Comissões Parlamentares de Inquérito e em diversos projetos de lei que ameaçam as investigações”, afirmam.
Segundo os procuradores, no âmbito da Lava Jato, ‘416 pessoas foram acusadas por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa; 144 réus foram condenados a mais de 2.130 anos; 64 fases foram deflagradas, cumprindo-se 1.100 mandados de busca e apreensão; pelo menos 92 ações penais tramitam na Justiça; 340 pedidos de cooperação internacional foram enviados ou recebidos em conexão com mais de 40 países; e mais de 11 bilhões de reais estão sendo recuperados por meio de acordos de colaboração com pessoas físicas e jurídicas’.
Os procuradores apontam tentativas articuladas pelo Congresso para barrar as investigações.
O Estado de São Paulo.
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