Concluir usina de Angra 3 elevaria a conta de luz em pelo menos R$ 6,6 bi
Estudos da consultoria PSR, uma das mais respeitadas do país na área de energia, analisaram o impacto de diferentes fontes sobre a conta de luz e chegaram à conclusão que a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 sairá mais cara para o consumidor do que abandonar o projeto.
O investimento em energia nuclear é considerado estratégico por boa parte dos militares, e o interesse em concluir Angra 3 já foi sinalizado pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O levantamento da PSR sobre Angra 3 mediu o efeito sobre a conta de luz ao longo de 35 anos.
Para dimensionar o impacto, o estudo mostra que se Angra 3 fosse substituída por projetos de energia solar no Sudeste —que são até mais caros que outras fontes como hidrelétricas, eólicas e algumas térmicas— haveria uma economia de R$ 6,6 bilhões.
Angra 3 começou a ser construída nos anos 1980. Após décadas de paralisação, o projeto foi retomado em 2010 e novamente suspenso em 2015, com 60% das obras finalizadas.
A usina foi alvo da Operação Lava Jato e suspeitas de irregularidades em seus contratos levaram até à prisão do presidente da Eletronuclear.
Finalizar a obra custaria cerca de R$ 17 bilhões, abandoná-la, R$ 12 bilhões —considerando os custos para quitar empréstimos, desmontar a estrutura, ressarcir contratos rompidos e pagar dívidas.
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