sábado, 24 de novembro de 2018

Há preconceito na análise do período militar no Brasil, diz futuro comandante do Exército

O general Edson Leal Pujol, próximo comandante do Exército
Próximo comandante do Exército, o general Edson Leal Pujol, 63, avalia que o período da ditadura militar no Brasil é tratado com preconceito e desinformação.
Esse preconceito, na visão dele, é fruto de uma doutrinação na análise dos últimos 60 anos da história do país. Ele afirma que o tempo vai limpar as diferenças de opinião.
Anunciado nesta semana como novo comandante, Pujol é o oficial mais antigo entre os 17 generais-de-exército da ativa. Ele foi colega do presidente eleito, Jair Bolsonaro, na Academia Militar das Agulhas Negras.
Em entrevista à Folha, Pujol argumenta que a mistura da política com as Forças Armadas não tem gerado bom resultado em diversos países.
O país tem se mostrado muito polarizado. Como o sr. vê o atual cenário? O que notamos é uma divisão do país entre uma parcela significativa da população e da opinião pública, até mesmo da imprensa, que não estava satisfeita com o que estava acontecendo no país em termos da maneira de administrar, do envolvimento de vários integrantes da administração dos diversos poderes em atos que não eram aqueles que os eleitores que os elegeram esperavam. Depois de um período relativamente longo, fez com que a população acordasse: “vamos tentar mudar essas coisas”. Isso eu vi como cidadão. Como militar, não posso opinar.
E qual é a perspectiva a partir de agora? É de esperança, como brasileiro. É expectativa de que as coisas mudem, que o país melhore ou, pelo menos, pare de piorar. Laís Alegretti e Camila Mattoso – Folha de são Paulo

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