terça-feira, 27 de novembro de 2018

Família tenta extraditar brasileiro condenado por matar filho nos EUAFoto: (Cedida pela família)A família de um lutador de jiu jitsu brasileiro, de 34 anos, condenado e preso pela Justiça dos Estados Unidos, tenta extraditá-lo para o Brasil. Sanderson Dantas, que é de Natal, mas estava morando na Califórnia, foi acusado pela morte do seu filho mais novo, Dax, que tinha apenas dois meses de idade. Ele está detido desde o ano passado e, apesar de já ter sido julgado, nega o crime.
O pedido da família foi entregue à Defensoria Pública da União (DPU) em Natal. De acordo com o chefe do órgão, o defensor Wagner Ramos, o caso foi enviado para o Itamaraty e repassado para o consulado brasileiro em Los Angeles, que deverá estudar a situação e pedir, ou não, a extradição. "Eles deverão tentar uma negociação. Nos Estados Unidos, cada estado tem uma legislação diferente, o que dificulta o processo", afirmou.
Mãe de Sanderson, a fisioterapeuta Edna Dantas é quem encabeça o pedido. Ela considera que o decreto nº 9.199, de novembro deste ano, que regulamentou a Lei de Migração (nº 13.445, de maio deste ano), garante o direito à extradição de Sanderson, que foi condenado a prisão por 25 anos.
Como argumento, a família também usa o caso dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que foram condenados ano passado no Brasil, após 11 anos, por um acidente aéreo que vitimou 154 pessoas no país, mas estão nos EUA.
Sanderson é o único filho de Edna. Ela afirma que atualmente precisa mandar dinheiro para o país, para pagar despesas como alimentação do homem, na prisão. Custos que deixaram a família endividada. O objetivo da família, segundo ela, é que Sanderson possa, pelo menos cumprir pena e recorrer da sentença inicial no Brasil.
"Nós não temos condições de ficar lá 25 anos, eu não tenho direito a morar lá 25 anos, eu não sei falar inglês, eu não tenho condições financeiras para ficar visitando ele. Aqui, pelo menos, eu vou ter direito de visitar meu filho. Vai ser triste ver ele nessa situação, eu vou sentir, mas se eu não posso ter aquilo que eu quero da vida, eu vou aproveitar aquilo de melhor que a vida me dá. No caso, agora, é poder ver meu filho", afirma Edna.



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