sábado, 3 de novembro de 2018

Bolsonaro desautoriza ‘equipe’ a dar informações sobre CPMF e Previdência

O presidente eleito Jair Bolsonaro Foto: Reuters
O presidente eleito Jair Bolsonaro desautorizou “quaisquer informações prestadas junto à imprensa por qualquer grupo intitulado ‘equipe de Bolsonaro’ especulando sobre os mais variados assuntos, tais como CPMF, previdência, etc”.
O comentário em seu perfil no Facebook foi feito após reportagem do GLOBO nesta sexta-feira mostrar que a equipe econômica do presidente eleito quer usar um imposto sobre movimentação financeira para custear a Previdência .
Durante a campanha, a menção à volta da contribuição já havia gerado uma crise entre o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e o então candidato Bolsonaro. Ione Luques – O Globo
O economista Marcos Cintra, responsável pela área tributária na equipe de Paulo Guedes, confirmou ao GLOBO que o modelo do novo tributo seria semelhante ao da extinta CPMF e substituiria, num primeiro momento, a contribuição previdenciária patronal. 
O tributo incidiria sobre todas as operações, como saques e transações bancárias, com uma alíquota de 0,4% a 0,45% em cada operação. A estimativa é que seria possível arrecadar ao menos R$ 275 bilhões por ano.
A ideia de tributar movimentações financeiras foi revelada pelo jornal “Folha de S. Paulo” ainda no primeiro turno das eleições e causou uma crise na campanha de Bolsonaro , devido à impopularidade da CPMF, o chamado “imposto sobre o cheque” . Na ocasião, o então candidato negou a criação de impostos.
Depois desse episódio, Paulo Guedes cancelou encontros durante a campanha e não falou mais sobre o assunto. Desde então, é a primeira vez desde as eleições que um integrante da equipe de Bolsonaro confirma que a ideia está na mesa e detalha suas condições.

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